Palestrantes falam sobre ferramentas e estratégias para melhorar a oferta de cursos
Pró-reitor de Ensino do IFF e pesquisadora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos participaram do debate no Conexões Ifes.
A pró-reitora de Ensino do Ifes, Adriana Pionttkovsky Barcellos, recebeu dois convidados para a mesa-redonda “Oferta de cursos e o futuro do trabalho”, no segundo dia de Conexões Ifes (1º de junho). Eles apresentaram ferramentas e estratégias para melhorar a oferta de cursos nas instituições a partir de estudos e análises das demandas do mercado de trabalho e futuro das profissões.
Sophia Daher, que é assessora técnica no Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), destacou a importância de pensar o futuro e as possibilidades para o Instituto. Ela explicou que o CGEE é um órgão voltado a estudos de futuro e apoio às políticas públicas, que trabalha em parceria com diversas instituições. No Conexões, ela apresentou mais especificamente o Mapa da Educação Profissional e Tecnológica (MEPT), elaborado a partir de 2014.
“A gente estimou a demanda de recursos humanos de nível técnico a partir de estudos prospectivos de dinâmicas econômicas regionais e comparou com a oferta de cursos. Na
segunda rodada, aprofundou a visão da estrutura da oferta e a espacialidade definitiva do mapa, atualizou as dinâmicas econômicas e desenvolveu um sistema para operar os dados do mapa”, contou. Acesse o documento.
A ferramenta leva em conta projeções de crescimento econômico e as áreas em que tal crescimento poderia se dar em curto e médio prazo. Assim, identifica antecipadamente a necessidade de formação profissional.
Articulação e vínculo
O pró-reitor de Ensino do Instituto Federal Fluminense (IFF), Carlos Artur de Carvalho Arêas, foi o outro convidado da mesa-redonda. Em sua fala, ele deu ênfase à necessidade de articulação dentro da própria Rede Federal para alinhar o seus propósitos e identidade, mesmo diante das grandes diferenças regionais. Para Carlos Artur, também é necessário pensar em planejamento de cursos. “Hoje, a gente mais organiza que planeja”, lembrou.
Ele defendeu a utilização de modelos para previsão de trabalho e emprego. “Temos um grau de flexibilidade e adaptabilidade das instituições em suas ofertas para melhor atendimento às mudanças no cenário do trabalho”, destacou. Além disso, ele mostrou estudos e planilhas utilizados no IFF para compreender a abrangência dos campi, a origem dos estudantes e suas demandas.
Como desafios, o pró-reitor apontou a variabilidade de políticas nacionais voltadas à educação e ao trabalho, levando a uma falta de continuidade. Carlos Artur falou sobre a necessidade de rever as formas como são selecionados os alunos para chegar ao público que precisa ser incluído na escola, além de ofertar cursos que possam ser concluídos por esses estudantes - levando em consideração horários, carga horária, divisão em módulos e outras alternativas.
“Tudo que a gente faz é permanência. Isso não é só da área pedagógica. O estudante tem que saber o que é o curso, perceber o ganho que terá fazendo aquele curso. Ele fica porque se identifica, sente que aquilo foi feito pra ele e entende o que agregará na sua vida”, afirmou. “Um programa de visita técnica, por exemplo, tem a ver com permanência”, falou, já que o estudante pode enxergar que vai conseguir um emprego e onde poderá trabalhar.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - ACS - Ifes - Reitoria.
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