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Programa de Qualidade do Café Conilon do Ifes Itapina completa 4 Anos de Atividades

Publicado: Sexta, 15 de Julho de 2022, 17h08 | Última atualização em Segunda, 18 de Julho de 2022, 15h59

O Programa de Qualidade do Café Conilon do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) - Campus Itapina está completando, em 2022, quatro anos de muita atividade e muitos avanços importantes para a cafeicultura do campus. 

Trata-se de um programa de extensão, cujo objetivo é implantar técnicas modernas que vão desde o plantio de uma lavoura nova e tecnificada até as etapas de pós-colheita, visando a produção de um café conilon de excelente qualidade. Em paralelo, o programa também objetiva melhor estruturar a cafeicultura do Campus Itapina, tornando-o uma referência tecnológica para os estudantes e produtores da região.

O público alvo do programa são estudantes do campus que desejam se especializar nessa área de atuação e também os produtores de café conilon da região de Colatina e de todo o Centro-Norte do Espírito Santo, que tenham interesse em produzir café de qualidade ou em melhorar seu sistema atual de produção.

A equipe do programa participou de vários cursos de capacitação durante esses quatro anos, sempre buscando aprendizado para si e para realizar a transferência dos conhecimentos adquiridos. Como exemplo, em setembro de 2021, parte da equipe participou do Curso de Torra de Café, promovido pelo Serviço Nacional de Atividade Rural (Senar), visando o aprendizado na ciência de torra. Em fevereiro de 2022 aconteceu, no próprio campus, o Curso de Degustação de Café, exclusivo para mulheres. A equipe do programa foi responsável pela organização do curso juntamente com a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag-ES). Foi um evento de extensão que contou com a participação de mulheres produtoras de café e algumas estudantes do campus. Recentemente, parte da equipe do programa realizou visita técnica em dois Institutos Federais em Minas Gerais, com o intuito de conhecer as estruturas de beneficiamento e processamento do café produzido por eles.

Em meio à pandemia as ações do programa não cessaram. Foi possível a compra de um sistema de irrigação por gotejamento, totalmente automatizado, que foi instalado na área onde a lavoura nova de café seria plantada. Também foi montado um novo sistema de irrigação na lavoura antiga, ao lado do ginásio poliesportivo do campus. Essa irrigação tem permitido que todas as adubações dessa lavoura passassem a ser realizadas via água de irrigação, sistema conhecido como fertirrigação. 

O local onde será o setor de beneficiamento do café do campus passou por um serviço de terraplanagem e ficou pronto para infraestruturação. O galpão onde será localizado o secador e a máquina de beneficiamento já está pronto. Está em andamento a construção de outro galpão, que abrigará o processamento via úmida do café. Esse galpão será concebido via parceira com a Seag-ES, por meio de um termo de doação, e terá a dimensão de 150 m2. O galpão tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2022. 

Os estudantes que participam do programa têm a oportunidade de se aperfeiçoar no ramo da cafeicultura, setor muito forte de nossa economia. Além da parceria com a Seag-ES, o Campus Itapina conta também com o apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural de Colatina (Semder) nas ações do programa. As associações de produtores rurais também são alvo das atividades realizadas por este programa de extensão.

A nova lavoura de café tem recebido todos os tratos culturais para se tornar uma lavoura de alta produtividade. Por esse motivo, ela ainda não está aberta à realização de atividades de pesquisas, o que poderá acontecer logo após as primeiras colheitas.

Histórico

Nos dois primeiros anos de atividade (período de 2018/2020) as ações se concentraram na melhoria da lavoura já existente aqui no campus, localizada próxima ao ginásio poliesportivo. A colheita passou e ser realizada somente após mais de 80% dos grãos estarem maduros e com a utilização de lona. O café passou a ser lavado para a separação dos grãos maduros e verdes, do chamado grão-boia. Foi construído um terreiro suspenso para a secagem do café maduro e parte do café também foi seco no terreiro de cimento. A construção desse terreiro suspenso contou com o apoio e a colaboração de membros do programa de café do Ifes Campus Venda Nova do Imigrante. Após a secagem o café foi levado para ser beneficiado no Distrito de Barra do Triunfo. Lá o café foi pilado e, na forma de café beneficiado grão cru, ficou pronto para armazenagem e comercialização.

Com as melhorias na colheita, secagem e beneficiamento, a produtividade da lavoura melhorou, bem como a qualidade do café. Prova disso é que, em 2019, o Ifes Itapina conseguiu o 3º lugar no Concurso de Qualidade do Café Conilon de Colatina. O valor do prêmio foi usado para a compra dos primeiros materiais para a montagem do laboratório de café do campus. Nesse período iniciaram-se as tentativas de obtenção de recursos extra-orçamentários para a aquisição dos maquinários necessários para que as etapas de beneficiamento e de processamento do café pudessem acontecer no próprio campus, bem como os equipamentos para a estruturação do laboratório.

Devido à importância do programa, realizou-se novo cadastro das ações para o período 2020-2022. Por meio de uma ementa parlamentar, específica para o programa do café, foi possível realizar essa conquista e o campus adquiriu todo o maquinário para transformar o setor de cafeicultura. Assim, foram comprados secador de café, máquina de pilar, lavador e despolpador, que formarão a estrutura de beneficiamento do café do campus. Com o mesmo recurso foram adquiridos, ainda, equipamentos para estruturar o Laboratório de Classificação e Degustação de Café, como um torrador moderno, moedor e até mesmo uma máquina seladora para embalagens, para que seja possível produzir um café a ser comercializado no posto de vendas do Ifes Itapina.

Em maio de 2021, realizou-se o plantio da lavoura nova de café. Esse foi um marco e também um dos maiores desafios do programa. As mudas foram doadas pela empresa Demuner Viveiro, poupando custos para o campus. Foram plantados 8 clones (A1, 143, CM1, V5, Verdim, LB1, 02 e MP3). Além desses, foram plantados, em nível de teste, 150 clones oriundos de Rondônia, que também foram doadas pelo viveirista. 

No final desse mesmo ano de 2021, iniciou-se a obra de reforma do que passará a ser a “Casa do Café”, local onde funcionará um laboratório onde serão realizadas as atividades de classificação por tipo e bebida (degustação) do café. Além disso, será realizado o processamento do café com a realização da torra, moagem e empacotamento do produto. A obra da Casa do Café está em fase final e em breve será entregue à comunidade acadêmica. 

A terceira etapa do Programa de Qualidade do Café Conilon será iniciada ainda em 2022, logo após o término da estruturação dos galpões e da abertura da Casa do Café. Duas estudantes farão parte dessa nova etapa do Programa: Maiza Fernandes Lima e Ariadna Passamini Benicá.

O Campus Itapina está criando um Grupo de Trabalho do Café Conilon para que mais estudantes e servidores se incorporem à equipe. A coordenadora do programa, a Engenheira Agrônoma Cristiani Campos Martins Busato, elabora um documento contendo todas as orientações técnicas executadas nas lavouras e o cronograma de atividades. Esse documento contém a agenda de adubação anual e o calendário de pulverizações.

O Programa de Extensão 

O programa de extensão está registrado com o número 23154.000585/2018-69. Atualmente, o programa é composto por cinco servidores técnico-administrativos: Cristiani Campos Martins Busato (coordenadora); Wilson Pancieri; Edgar Almeida; Leonardo Raasch Hell e Marciano Kaulz, todos voluntários, além da colaboração também voluntária de alguns estudantes.

Coordenadoria de Comunicação Social e Eventos – CCSE

José Emílio Oliveira / Elizangela Maria Rodrigues / Luara Carolinne Veloso Silva

(27) 3723-1216

ccse.itapina@ifes.edu.br

Texto: Cristiani Campos Martins Busato

Publicação: Luara Carolinne Veloso Silva 

Revisão: Fabio Lyrio Santos e José Emílio Oliveira

Foto: Divulgação CCSE - Itapina

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